Relatórios de conclusões já disponíveis
A ANI está a promover o “Ciclo de Eventos - Dinâmicas para a Inovação”, um conjunto de iniciativas sobre Valorização do Conhecimento, subordinadas a áreas e setores estratégicos no âmbito da Estratégia Nacional para a Especialização Inteligente. A sexta iniciativa teve as Tecnologias de Produção e Indústrias de Produto em destaque numa sessão acolhida pelo INEGI - Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial, no Porto.
Alexandre Almeida (ANI) deu o mote, com a apresentação de dados de projetos aprovados no âmbito do Portugal 2020 na área temática em discussão, com espaço para o realce à melhoria contínua que Portugal tem atravessado nos indicadores de I&D.
As Indústrias de Produto no panorama empresarial português
Sistemas de produção e processos produtivos mais verdes e eficientes, produtos inovadores e de alto valor acrescentado e digitalização e TIC aplicadas aos sistemas de produção foram os temas da mesa redonda que antecedeu as dinâmicas de grupo.
Fernando Sousa, da Produtech, realçou a qualidade da rede de centros tecnológicos existente em Portugal. No entanto, o país ainda não é conhecido internacionalmente pelas tecnologias de produção, sendo a falta de economia de escala um dos motivos apontados para esta dificuldade.
A Bosch Industry Consulting, pela voz de Tiago Sacchetti, falou na importância que as TIC têm para o setor das indústrias de produto, e realçou que não é espectável que este setor abrande, sendo provável que esteja presente de forma cada vez mais significativa naquilo a que chamou de “indústria conectada”, muito por força da digitalização.
Luís Carneiro, do INESC TEC, partilhou da visão sobre a importância crescente das TIC, mas destacou algumas dificuldades que a indústria portuguesa atravessa, como o facto de existir um predomínio de pequenas e médias empresas. O setor produtivo é, por isso, menos capaz de investir em I&D e de apresentar uma oferta significativa de produtos próprios e com grande valor acrescentado.
Depois de concluída a discussão, os participantes reuniram-se em grupos de trabalho divididos por domínios. A identificação dos principais desafios e obstáculos que as Tecnologias de Produção e Indústrias de Produto atravessam no momento e no futuro foram os principais objetivos da dinâmica.
Tecnologias que combinam eficiência com valor acrescentado
A sessão da tarde foi dedicada à apresentação de ideias de projetos de I&D em fase pré-comercial e com potencial de valorização no mercado, com um Focus Group Meeting dedicado às Tecnologias de Produção e Indústrias de Produto. Os projetos e tecnologias, provenientes de empresas, spin-offs académicas e CIT, tencionam responder a desafios e obstáculos da área temática em discussão.
Na categoria de produtos inovadores e de alto valor acrescentado, foram apresentadas tecnologias como baterias que permitem o armazenamento estacionário de energia, um sistema que permite aumentar o volume de impressão 3D sem aumentar proporcionalmente o tempo de fabrico, e a produção com materiais compósitos que permitem melhores desempenhos no setor dos transportes.
Para sistemas de produção e processos produtivos mais verdes e eficientes, surgiram respostas como um sistema de ciclones otimizados, a produção de compostos de elevado valor através da oxidação catalítica do glicerol e abordagens inovadoras na conceção de equipamentos e processos de fabrico sustentáveis.
Para a área da digitalização e das TIC aplicadas aos sistemas de produção, destaque para um software que recria superfícies 3D a partir de uma série de imagens SEM.
Relatórios dos eventos já disponíveis
Consulte aqui os relatórios com as conclusões dos dois eventos:
Conclusões Focus Group Meeting
Próximo evento com data marcada
Aveiro será o próximo destino do Ciclo de Eventos – Dinâmicas para a Inovação. A sétima sessão está marcada para o dia 6 de fevereiro, no Instituto de Telecomunicações. As TIC serão a área temática em discussão.
O Ciclo de eventos – Dinâmicas para a Inovação é promovido no âmbito do SIAC – Iniciativa de Transferência de Conhecimento, cofinanciada pelo COMPETE 2020, através do Portugal 2020 e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.